AMARANTHACEAE

Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen

Como citar:

Marcus Alberto Nadruz Coelho; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Pfaffia glomerata (AMARANTHACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

7.236.256,818 Km2

AOO:

712,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui nos Estado das regiões Norte (Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia), Nordeste (Paraíba, Pernambuco, Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul) (Marchioretto et al., 2012). Ocorre desde o México até Argentina, amplamente distribuída em quase todo o território nacional (Siqueira, 1989; Siqueira, 2002). Registrada em altitudes que variam entre 80 e 800 m de altitude (Marchioretto, 2008). Espécie amplamente cultivada pelo Brasil, o que explica em parte sua ampla distribuição no território nacional (Marchioretto com. pess.). Foi registrada nas seis provinciais geográficas brasileiras (sensu Marchioretto et al., 2009).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Marcus Alberto Nadruz Coelho
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída no território brasileiro, inclusive em unidades de conservação (SNUC). Sem informação sobre ameaças.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Fl. Prov. Buenos Aires Pt. 3, Piperac.-Legumin., 146 (1967), esta espécie é conhecida popularmente como "canela-velha", "anador" (Bahia), "ginseng-brasileiro" (Rio Grande do Sul), "corango-sempreviva" (Santa Catarina), "abrando" (Maranhão), "corrente" (Pará) e "ginseng", "páfia" e "paratudo" (São Paulo) (Marchioretto, 2008; Marchioretto et al., 2012) e "dipirona" (Rio de Janeiro) (Neto et al., 2005). P. glomerata é muito próxima de P. iresinoides, diferenciando-se desta em alguns caracteres morfológicos como forma do limbo foliar, pilosidade e, principalmente pela distribuição geográfica (Marchioretto, 2008).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Pfaffia glomerata foi considera bastante rara no Estado do Rio Grande do Sul (Marchioretto et al., 2008).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Florestas Ombrófilas Mistas na Mata Atlântica (Marchioretto, 2009), margens de rios (Siqueira, 1989), em borda de rios e capoeiras com solos muito úmidos (Marchioretto, 2008). Ocorre em orlas de matas de galeria (Smith; Downs, 1972).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 2.1 Dry Savanna
Detalhes: Planta herbácea, terrícola no interior da mata ou subarbustiva ao longa da beira de rios (Marchioretto, 2008). Foi considerada por Smith; Downs (1972) uma erva lianosa. Ocorre em margens de rios (Siqueira, 1989), em borda de rios e capoeiras com solos muito úmidos (Marchioretto, 2008). Ocorre em orlas de matas de galeria (Smith; Downs, 1972), associadas ao bioma Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado (Marchioretto et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
P. glomerata é ameaçado pela exploração predatória dos habitats naturais onde ocorre, e pelo fato de ser uma planta com enorme potencial medicinal, vêm sendo amplamente retirada de maneira irracional da natureza (Marchioretto, 2008).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
A espécie têm sido amplamente cultivada no Brasil para fins ornamentais (Marchioretto, com. pessoal).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
As raízes e extratos obtidos desta espécie são amplamente utilizados pela medicina popular, devido sua ação na regeneração celular, purificação do sangue, inibição de células cancerígenas, regulação das funções hormonais e, principalmente, por apresentar ação em funções sexuais, sendo o poder bioenergético um dos seus usos mais conhecidos (Schneider et al., 2008). Os resultados obtidos por esses autores indicam que o extrato hidroalcoólico das raízes P. glomerata, coletadas em dez/2006, apresentou atividade antimicrobiana pronunciada para todas as bactérias testadas pela técnica de disco-difusão frente à Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Escherichia colie Pseudomonas aeruginosa, enquanto o extrato obtido da segunda coleta (maio/2007) foi ativa apenas frente à Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. A medicina popular brasileira e também as industrias fitoterápicas utilizam os sistemas subterrâneos de algumas espécies do gênero, como P. glomerata, que apresentam ecdisteróides e outros princípios ativos como afrodisíaco e contra estresse, câncer e envelhecimento (Marchioretto, 2008).